Essa foi a primeira música que escutei quando cheguei aqui, estava tocando no carro do meu chefe. E pode ter certeza que é uma bela ironia.
Cheguei nos EUA há três dias. Saí do aeroporto de Guarulhos dia 12 de janeiro rumo ao desconhecido. Na fila para o check-in conheci uma mulher maravilhosa, a chamarei de Maria, porque não perguntei a ela nem a ninguém se podia publicar seus nomes aqui, prefiro assim. Maria ajudou-me bastante no vôo até a cidade de Detroit, Michigan. Nossa essa mulher é poderosa!!! Difícil encontrar almas onde nelas você sinta tamanha paz e segurança. Ela veio para os EUA fazer seu pós-doc, pois dá aula na Universidade Federal da Bahia. Maria tinha como destino final o aeroporto de Chicago.
Fiz o check-in tranquilamente, no entanto meu vôo estava lotado e tive que fazer “sent request”, ou seja, tive que fazer a solicitação de assento para o avião. Então nesse meio tempo conheci outra brasileira especial chamada Lisa (esse também não o seu nome), ela é psicológa e trabalha atendendo outros psicólogos que lidam com pessoas assistidas pelo programa bolsa-família e por outras iniciativas do governo, se me lembro bem. Como Lisa também estava indo para Chicago, apresentei-a para Isabel e então as duas seguiram juntas para esse aeroporto, quando desembarcaram em Detroit.
Ficamos juntas durante o vôo e demos apoio umas as outras, foi muito solidário como disse Maria. Durante o vôo, por incrível que pareça consegui conversar bastante com um americano chamado Gary (esse também não é o nome dele). Gary é um americano típico de cidade grande, mora em Nova York, trabalha para a IBM e viaja o mundo inteiro por causa disso. E as palavras que ele conhece em português são “obrigado” e “caipirinha”. E me perguntou a respeito do carnaval, básico. Mas o achei extremamente simpático, e me ajudou assim que chegamos no aeroporto a encontrar a imigração, em Detroit. Quanto à imigração achei tranquilo, agora como o país está em crise eles facilitam a entrada de imigrantes como nós, que trabalharão por muito pouco, perto do que recebe um americano = like a slave! E lógico eles também recebem os turistas que irão gastar aqui, “aquecendo” (um belo termo, para esse frio terrível daqui) a economia do país.
Na chegada Lisa e Maria ajudaram-me a passar pelo check-in novamente, fiquei preocupada com a minha mala, pois pensei que ela não passaria nas esteiras. Ainda bem que deu tudo certo, extravio de bagagem não é legal.
Depois fiz conexão para Minneapolis, capital de Minnesota. E de lá segui para o aeroporto de Fargo, Dakota do Norte. Nesse vôo encontrei um senhor muito legal, que pela nossa conversa percebi que adora pescar. Ele me disse que tinha dois cachorros, e eu entendi que ele tinha duas mortes!
- I have two dogs. – disse o americano (não lhe perguntei o nome)
- Two dies?
- No, I have two dogs.
Ele riu bastante da minha confusão. Os americanos são muito simpáticos, falam bastante e são sempre dispostos a ajudar. Acho que isso também é uma característica do estado porque ele é mais do interior, para fazer uma comparação com o Brasil seria como Rio Grande Norte, mas sem praia.
Ao chegar em no aeroporto de Fargo, uns dos donos da greenhouse (é uma espécie de viveiro para plantas ornamentais, com uma estufa gigantesca como tudo aqui) onde trabalharei foi buscar-me. Andamos uns 40 min de carro até Detroit Lakes, Minnesota, cidade onde ficarei por alguns meses.
Conversamos bastante ao longo do caminho, até ele me trazer para a casa na qual irei morar durante minha estada aqui. A casa pareceu-me agradável e conheci uma outra brasileira muito simpática chamada Carolina que é minha companheira de quarto, por enquanto dividimos a casa com mais duas ucranianas...
Mas isso tudo deixarei para outros posts! Seja o que Deus quiser, mas eu literalmente me meti numa fria. kkkkk